Somos quase sete bilhões de pessoas no planeta. Segundo analistas, em 2020 chegaremos a 7,67 bilhões. Em 2030 a 8,3. Em 2040 o número chegará a 8,8 e, em 2050, 9,15 bilhões. Já estamos consumindo cerca de 50% acima da capacidade de reposição do planeta. E como será o futuro? Evidentemente necessitamos reduzir as pressões sobre os recursos naturais.
Para José Pedro Oliveira Costa, Professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e ex secretario de Estado do Meio Ambiente, o equilíbrio da Terra depende da proteção e sustentabilidade. Ele recomenda que 33% de todo o planeta tenha proteção integral, outros 33% sejam sustentáveis e o restante para uso intensivo.
No mais, fica evidente a importância da educação e do bom preparo das novas gerações para a gestão de qualidade das áreas preservadas e para o bom relacionamento com a natureza. No entanto, estamos atingindo limites críticos na educação, sendo recomendável como complemento aos esforços da família que a criança desde a mais tenra idade tenha acesso ao trabalho educacional pedagógico, ministrado por educadores competentes e dedicados.
Estamos num momento decisivo para o Brasil, pois atualmente há na população uma grande concentração de pessoas na faixa etária juvenil. Se não houver uma boa formação e preparo para a vida, perderemos a oportunidade de criar um futuro melhor e inviabilizando o progresso. A população desconhece a extensão do problema, pois não foi educada para a necessidade do contínuo aprendizado, acomodando-se em níveis baixíssimos de aproveitamento do ensino. Para nos tornarmos um país forte com boa qualidade humana e de vida e com distribuição de renda equilibrada, necessitamos fazer tudo pela revitalização da educação.
A boa educação deve transmitir e inspirar bom senso às novas gerações, oferecendo modelos compatíveis. O famoso Harry Potter poderia servir melhor como um modelo de mais profundidade. Num mundo cujas condições de vida estão se alterando aceleradamente, devemos preparar nossos jovens de forma adequa, sem fantasias para um futuro que se apresenta com muitas dificuldades e restrições.
Os jovens precisam reconhecer a simplicidade e a perseverança do trabalho da natureza que se processa em absoluta lógica. Na natureza tudo é real e os jovens têm muito que aprender com ela e suas leis imutáveis, que asseguram as condições de sobrevivência da espécie humana.
Enquanto lá fora se fala de duas a três línguas, aqui as novas gerações mal sabem ler e escrever a língua pátria. É sempre de grande valor analisar as ponderações do economista Claudio de Moura Castro, colunista da revista Veja. Segundo ele, para adquirir bom preparo, nossos jovens precisam olhar para os valores que a civilização ocidental consolidou no mundo desenvolvido:
- O valor do futuro, de pensar no amanhã, ao invés do hoje (a essência da sustentabilidade do meio ambiente);
- O sentido da economia, de não esbanjar, de não se exibir às custas de magro orçamento;
- O hábito automático de cumprir o prometido;
- Trabalho manual não é humilhante. Usar as mãos educa;
- Cumprir a lei, seja ela branda ou dura. Uma vez aprovada é para valer;
- Respeito pelo próximo, no trânsito, no silêncio e em tudo mais;
- Segurança pessoal;
- Quem vigia tudo é a sociedade, mais do que a polícia;
- Profissionalismo. Há uma maneira melhor de fazer as coisas. O profissional a conhece e a aplica.
Enfim, tudo pela revitalização da educação é uma imperiosa necessidade para que possamos sair desse estágio tão grotesco de miséria e subdesenvolvimento em que nos encontramos.
Fonte: http://sustentabilidade.ogerente.com.br/revitalizacao-da-educacao/?utm_source=Rede+O+Gerente&utm_campaign=7f88a1c8e3-Rede_O_Gerente_26_11_2010&utm_medium=email
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